Quase dois anos atrás eu publiquei um artigo dizendo que o Brasil segue os passos da Venezuela com aproximadamente 10 anos de distância. Na época recebi vários comentários dizendo que nossas instituições e nosso tamanho continental não permitiriam que tivéssemos o mesmo destino moribundo de nosso vizinho.
Estamos nos aproximando do final de 2015 e continuamos a seguir à risca a regra dos 10 anos. Uma década atrás o povo venezuelano reelegia Chávez para o mandato em que ele consolidaria a transformação da Venezuela em ditadura socialista. No ano seguinte ele deixou de renovar concessões de mídia, instituiu diversas formas de censura, iniciou uma política de intolerância com adversários políticos, e colocou o país numa situação caótica de violência, falta de alimentos e pobreza generalizada. A inflação subiu a níveis incontroláveis e a economia afundou, em parte porque a gestão da PDVSA, a “Petrobrás” da Venezuela, foi entregue a chavistas corruptos e incompetentes.
O golpe dado ontem pelo STF, fatiando a operação Lava Jato e tirando poder das mãos do juiz Sérgio Moro, e a reforma ministerial de Dilma, com intenções claras de comprar o PMDB para garantir o mandato até o final, mostram que o Brasil já entrou na era do socialismo autoritário. Não há mais esperança nas instituições, pois elas foram tomadas pelo petismo e transformadas em órgãos auxiliares do alto comando Lulo-Dilmês. A deterioração econômica do país se acelera a cada dia, e não demorará até que a escassez de produtos atinja a população.
Ser otimista sobre o futuro do Brasil tornou-se tarefa impossível.
Concordo plenamente, ser otimista diante de tanta iniquidade é surreal.
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O governo da Venezuela, em 2014 recebeu via seu judiciário mais de 45.000 demandas dos cidadãos, nenhuma foi à favor do requerente, o “ESTADO” venceu-as.
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Vamos para o mesmo caminho, nosso judiciário totalmente vendido.